domingo, 11 de julho de 2010

VADIA

Entre tantos conceitos livres e sexos incomunicáveis, gritados aos berros por poemas e poesias em corpos nus. Eis meu nome: VADIA.
Entre mulheres que se despem apenas após convenções sociais, estou eu que ando pelas ruas despida em palavras, ideologia, vontades, desejos e lutas. Eis meu nome: VADIA.
Estou cansada de pseudônimos, estou cansada de prostituir-me, de vender minha essencia, minha alma e preservar meu corpo, no estado primata angustiado que vivera a milhões de anos atrás. Estou cansada de finais previsiveis, de despedidas, de incertezas e de egoísmo.
Aí estou eu, jogada com um copo na mão no meio do mato e meu cigarro acesso,semi-apagado,cadernos e corpos completos por textos que ninguém terminará e entenderá...
Aí estou eu, gritando palavras submissas, sentindo o que eu tanto recriminei.
Retoco o batom cor de morango e na nas entrelinhas dos cadernos, ando, acenando e insinuando-me para mais uma carona poética. Ai vou eu: VADIA.

Nenhum comentário: